sexta-feira, 12 de junho de 2015

Mensagem 15 - Contratempos I

Em Abril de 1983...


... a Física de Torres Vedras (AEFDTV),
através da sua escola de música,

havia sido o berço da Camerata Vocal.

A 11 de Junho de 1983, falecia o Presidente da Física, Luís António Maldonado Rodrigues, o principal responsável pela criação da CVTV.
Entre 1983-85, a associação desportiva atravessava uma grave crise financeira a que não seria estranha a presença do FMI em Portugal.

Havia que sanear as contas e, com esse objectivo, a Direcção da Associação decide reduzir as despesas.
A Camerata foi, então, confrontada com a decisão de não haver meios financeiros para suportar as despesas, nomeadamente, com o salário dos profissionais da AEFDTV ao seu serviço.

Seguem-se dias de diálogo intenso e desgastante.
As propostas apresentadas de parte a parte não se revelavam fiáveis e não havia consenso.
E a decisão desabou sem apelo nem agravo...

A Camerata saiu da Escola de Música da Física.

Foram tempos de muitas incertezas. 

Sem espaços para reunir ou ensaiar.
Sem dinheiro.
Somente o maestro Artur Carneiro e os coralistas, apoiados por Odete Reis e Domingos Santos.

Encontraram-se apoios institucionais, financeiros e logísticos.

Assumiu-se a liberdade. 
E a responsabilidade.

E em Abril de 1985, na presença do Notário Armando de Almeida, constitui-se a Associação denominada CAMERATA VOCAL DE TORRES VEDRAS.


Escritura lavrada e publicada in DR III série - Nº 103 de 6/5/1985.


Mais tarde, regressaríamos à Física.
Às terças e quintas, hoje, entre as 21:30 e as 23:00 horas, ensaiamos numa sala amavelmente cedida.

Obrigado.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Mensagem 14 - Palcos l

Em cena...

A série "Palcos" pretende recordar os mais diversos espaços dos concertos da Camerata.

Serve-nos qualquer sala ampla. 
Um palácio real sumptuoso ou uma simples sala de espectáculos; anfiteatros ou cine-teatros; altar-mor de igreja ou coro alto de capela de aldeia...

Sala dos Espelhos ou do Trono do Palácio Nacional de Queluz

Concluída a viagem até à localidade de destino, protegem-se as bagagens com os bens pessoais e muda-se de roupa na sala de apoio já reservada.

Esperam-nos bastidores quase sempre acanhados e com o recato possível.
Reservam-nos aposentos nos palácios. 
Camarins nos cine-teatros.
Sacristias nas igrejas. 

São horas do ensaio de posição: acertos de última hora, definição de lugares em palco e de entrada em cena, aquecimento de vozes...
Afinam-se  instrumentos.
Em suma: testa-se o som e acertam-se pormenores. Adapta-se o espectáculo às condições do auditório.

E, à hora marcada, dadas as últimas indicações, proclamadas palavras inconfessáveis de bom augúrio, ocupam-se os lugares destinados perante o público presente.


Em cena!
The show goes on!

Já neste ano de 2015, a convite do Grupo Coral de Queluz, a Camerata cantou no Palácio Nacional,


na Sala dos Espelhos ou do Trono.

Sala esgotada.



Espectadores atentos.


Por fim, a oportunidade de manifestar o agrado mútuo.

Queremos ser felizes assim. 
Nos palcos e nos bastidores.


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Mensagem 13 - Apanhados a Jeito III


Caras, carinhas e caretas...

A estas imagens falta-lhes o som. 
Outra seria a história deste mensagem caso as fotografias nos confessassem quanto esforço e atenção vai por dentro de cada intérprete.  
São instantâneos sujeitos ao juízo de quem leia.

O baixo Miro H., ao piano,

não se importa de sugerir a melodia...

Seguem-no o baixo Rui H.
                                        
e o tenor Luís H., em versão jovem,
                                                     e 25 anos depois.
Esforçam-se o tenor Adérito G.

e os baixos Eugénio G. e  José G..


Acompanham-nos os naipes femininos.



Dos sopranos "ouçamos" a Mónica C., a Caroline W. e a Rita V.



E a soprano Ângela A. expressa bem quanto se sente quando se canta







Que dizer da alegria do contralto Menta G.? 

Quanta dúvida no contralto  Natália P..

Quanto trabalho do actual maestro António Gonçalves! 

Cabe, neste momento, ao baixo Raul B.ser o "chefe" que coordena a Direcção, uma equipa jovem e muito dedicada.

Fiquem bem com os sorrisos de quem canta na Camerata. 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Mensagem 12 - Odete Reis

Senhora...










A CAMERATA deve-lhe muito e esperemos que não nos leve a mal as inconfidências e o relevo desta simples homenagem.

Nunca cantou connosco, em coro, muito embora nos acompanhasse em surdina e em segredo.

Renovemos aqui o reconhecimento.


Poupem-se as palavras que as imagens revelam bem quanto nos deu.

Foi dirigente-fundadora da Associação...

Pelas suas mãos...
agradecíamos a quem nos acolhia e encorajava.


   Porta-voz na Igreja da Misericórdia, Torres Vedras, 1983.


Com António Carneiro agradece a Filomena
Moura Guedes, no mesmo local.





Viveu connosco momentos inesquecíveis.


Nas viagens pela Europa...

Entre muitos mais, reconhecem-na no Eurotreff-1985, na Floresta Negra, Alemanha?



Sem dinheiro para hotéis nem tempo a perder, vivíamos três dias e duas noites no autocarro, em andamento contínuo, com dois motoristas...


Com paragens "técnicas", de duas em duas horas...










Divertia-se connosco nos jogos ao serão ou no baloiço...


Mãe da Ana Luísa Reis, contralto que também funda a CAMERATA e que permanece cantando...




Muito obrigado, Odete Reis!
Não nos esquecemos do Domingos Santos, outro dos que foi fundador, sócio efectivo, membro da Direcção e que também nunca cantou no coro.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Mensagem 11 - Usos sem Abusos I

Os aniversários...

... são, desde sempre, comemorados com uma praxe saudável que nada tem de original.
No dia de anos, relembra-se quem completa mais um ano de vida. 
Neste dia, o aniversariante foi o JL.
Trocam-se sms e telefonemas. E, após o ensaio seguinte, pelas 23 horas, cantam-se os "Parabéns"* e o aniversariante obriga-se a partilhar uma "ceia".
Bastaria um bolo e uma bebida para dividir, normalmente, por mais de 30 convivas...


São usos sem abusos.
Tradição que nos agarra. 

*A harmonia para 4 vozes desta melodia tradicional é original  e foi oferecida à Camerata, em 1985, pelo pai da coralista Cristina Simões.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Mensagem 10 - "Allá se me Ponga el Sol"

A primeira peça musical...

"Allá se me ponga el sol" foi a peça musical considerada ajustada pelo maestro Artur Carneiro (AC) para o primeiro ensaio do coro.
     
Esta...

Em 2007, pelos 25 anos da Camerata, escrevia AC:
"Confesso que me pareceu a peça adequada ao primeiro ensaio do coro, tanto pelo facilidade de aprendizagem como por ser adequada a um trabalho de fusão das quatro vozes que se encontravam pela primeira vez.
Não resultou!
Fui deixando cair o trabalho com esta música e dediquei-me às outras que, entretanto, tinham sido incluídas no repertório do coro."

É frequente, ainda hoje, o testemunho desta estória. 

Quão difícil foi! Que sensação estranha de incompetência nos percorreu...  
Por alguma razão marcante foi a peça escolhida para abrir o CD "25 ANOS".

Quer ouvir a nossa interpretação desta peça sob a direcção do maestro António Gonçalves?
No cimo deste blog, no canto superior direito, clique na caixa com 4 pequenos traços,  escolha  a nº 2.


Encontra-se disponível neste CD, a 1ª entre as 25 gravadas.  


Disponiblizamo-nos para o fazer chegar a quem no-lo solicitar por mensagem privada para 
cameratavtv@gmail.com

domingo, 26 de abril de 2015

Mensagem 9 - Artur Carneiro, Maestro

O primeiro maestro...

Com 31 anos de idade, o maestro Artur de Almeida Carneiro fundou, em 1982, a Camerata Vocal de Torres Vedras.




Discípulo dos melhores professores de canto e de conceituados mestres de direcção coralingressou com 19 anos no Coro Gulbenkian onde, além de coralista/solista, exerceu funções de assistente.

Entre vários coros dirigiu, nomeadamente, em Coimbra,




o "Orfeon Académico", o "Coro Misto da Universidade" e a "Tuna Académica"; e, na área de Lisboa, cidade de onde é natural,  o "Octeto de Madrigalistas", o "Grupo de Solistas da Costa do Estoril" e o "Coro da (Universidade) Nova".

Licenciado em arquitectura, foi professor no Liceu Nacional/Escola Secundária de Torres Vedras, na Academia de Santa Cecília e na Escola Superior de Educação.

Em 1987, cede o seu lugar de maestro da Camerata a Francisco d'Orey.




É casado com Cristina Simões Carneiro, também ela membro fundador d
o naipe dos contraltos.







Somos hoje o futuro daquele seu projecto sonhado com uma "dimensão que orgulhasse a cidade".

Muito obrigado, Maestro Artur Carneiro!
Brindamos à sua saúde!